Eram asas pesadas graves contritas
chãs de terra e por terra
ausência de luz num canto discreto
eram asas paradas cansadas
bonança doente mareada
um voo raso que não chegou a levantar
Foram asas fechadas anquilosadas
São asas abertas um caminho em direcção
asas que descobrem asas outras
lustrosas de espelho-vento que sopra e agiganta
asas que se cansam e se fecham e se abrem
asas que reconhecem asas
abrigo-luz de um passo toque um fôlego
de outras tantas iguais que hoje se abraçam
Eram asas pesadas
Foram asas fechadas
São asas que cobrem e afagam
e em colos de penas se deixam deitar
(Troyka Manuel)
Gostei muito...asas que nos protegem e afagam e nos permitem, quem sabe, também voar!
ResponderEliminarContinuação de bom trabalho!
“– Por que será – interrogou-se Fernão – que a coisa mais difícil do mundo é convencer um pássaro de que é livre e de que pode prová-lo a si mesmo se se dedicar a treinar um pouco?” , in Fernão Capelo Gaivota
ResponderEliminarVoa meu anjo alado. Gosto muito de ti. Beijos.